quarta-feira, dezembro 28, 2005

Tributo matinal a Adilia Lopes

"quando o poema
está
em vez
da foda
incomoda
torna-se coisa
de circo".
Adílina Lopes

Bom dia.
br1

domingo, dezembro 25, 2005

As Festas querem-se Felizes...

Nesta época deixo a todos...
um abraço de festas cheias de doces cheios de açucar e caramelo e leite condensado e óleo e fritos e molhos cheios de gordura animal e vegetal e animais mortos no centro da mesa enfeitados e recheados com mais molhos e tostados e ligeiramente queimados, outros com vinho.... aahhhhhh muito vinho e animais bêbados no centro da mesa e nas suas periferias e mais vinho e cerveja... muita cerveja... no final... temos no mesmo centro da mesa prendas de plástico de petróleo de animais mortos de peles esticadas com embrulhos de árvores derrrubadas, e abrimos e fechamos e cantamos felizes gordos e bêbados canções de natal e de esperança por um mundo melhor.

(este momento foi patrocinado por compensan, guronzan e por livros sagrados)

br1

sexta-feira, dezembro 23, 2005

Bom dia com estrato de Súmula

"
Minha cabeça estremece com todo o esquecimento.

Eu procuro dizer como tudo é outra coisa.
Falo, penso.
Sonho sobre os tremendos ossos dos pés.
É sempre outra coisa, uma
só coisa coberta de nomes.
E a morte passa de boca em boca
com a leve saliva,
com o terror que há sempre
no fundo informulado de uma vida.
(...)
"

Herberto Helder

quinta-feira, dezembro 22, 2005

the night in us



the night in me...

my soul is aching...
the pain is plain...

in this night this body is not mine...
tonight you're just part of a wonder...
I'm not being sure of me...

am I getting crazy?
am I going out of order?

you...

are you being a cure?

are you trying to show me the end?

or prolonging the end?

i'm dating the moon... and you're not there...


where are you my love?

where are you...

quarta-feira, dezembro 21, 2005

um olhar sobre nós

douradores de sonhos prateados

é na profundidade da tarde que primo o olhar nos prédios da frente
olho nas paredes... nas tintas que resta das cores que foram...

olho nas paredes e imagino homens e mulheres no seu dia a dia
no seu redondo quotidiano..
no seu espaço quadrado...
na sua vida geométrica...
medida a passos de relógio...
medida (in) de vida
que possui somente uma lógica
a lógica do fomento
do esquecimento e das horas
não há tempo para ter saudades...

saudades tenho... mas do nosso amanhã...

terça-feira, dezembro 20, 2005

o início

o início geme-se em palavras vindas de um contexto desassossegado, de uma rua cheia de sons...
a rua dos douradores...